Saiba mais sobre as diferentes resinas plásticas que compõem as embalagens
A principal matéria-prima para a fabricação dos plásticos são os polímeros orgânicos originários do petróleo, porém somente 4% da produção mundial de petróleo e gás é usada como matéria-prima para a produção de plásticos, e outros 3 a 4% são usados como energia no processo.
Os plásticos são produzidos por meio da nafta obtida durante o refino do petróleo. A partir desta matéria prima têm-se os monômeros, que por polimerização formam os polímeros. Esses polímeros, quando formados por um único tipo de monômero são chamados homopolímeros e quando compostos de dois ou mais tipos de monômeros são chamados copolímeros.
O uso do plástico no mercado de embalagens é predominante, em comparação aos demais tipos de embalagens, por conta da melhoria contínua dos plásticos fabricados, a ampla versatilidade do material e seu baixo custo.
De acordo com a ABRE, os plásticos representam 37,47% no valor total da produção de embalagens. Eles têm como vantagens o seu baixo peso, baixo custo, elevada resistência mecânica e química, flexibilidade, possibilidade de aditivação e reciclabilidade. A principal desvantagem é a sua variável permeabilidade à luz, gases, vapores e moléculas de baixo peso molecular. Outra desvantagem é serem, em sua maioria, não biodegradáveis e levarem mais de 100 anos para serem completamente degradados pela natureza. Além disso, sua produção geralmente emite gases poluentes ao meio ambiente.
Na maioria das vezes, a combinação de mais de um polímero plástico na composição da embalagem minimiza as deficiências individuais de cada material, permitindo a utilização de menores espessuras para constituição da embalagem. Assim, as embalagens plásticas podem apresentar boa barreira ou não à passagem de gases (CO2, O2, vapor de água), em função da espessura e do tipo de polímero que constitui a embalagem, porém constituem barreira piores se comparadas ao vidro e o metal. O impedimento da passagem da luz pode ser obtida por pigmentação ou metalização da embalagem. A utilização de sugadores de radiação UV pode garantir transparência com maior estabilidade a produtos gordurosos.
Mas o que são polímeros?
Os plásticos são materiais poliméricos, e embora tenham aparência sólida no estado final, em algum estágio do seu processamento podem tornar-se fluidos e moldáveis, por ação isolada ou conjunta de calor e pressão.
Entenda a diferença:
Moléculas = átomos ligados entre si que compartilham elétrons
Macromoléculas = moléculas grandes (centenas, milhares ou milhões de átomos)
Polímero = milhares de moléculas grandes formadas por unidades repetitivas)
Plástico = formado por macromoléculas, que podem ser moldadas por ação de temperatura e pressão
Muitas vezes as macromoléculas são obtidas pela adição de moléculas menores, através de reações químicas entre elas. A união de milhares de macromoléculas forma um Polímero (do grego poli = muitos e meros = parte).
As propriedades dos polímeros dependem do tamanho (massa molar), da composição, da estrutura química e das interações intra e intermoleculares existentes.
São essas variações que explicam a grande variedade de resinas e a versatilidade dos materiais plásticos.
Na figura a seguir segue a identificação dos tipos de plásticos nas embalagens de acordo com a ABNT.
Fonte imagem: Norma ABNT NBR 13230 - Embalagens e acondicionamentos plásticos recicláveis - Identificação e simbologia
Saiba mais sobre os tipos de polímeros e suas características:
Polímeros termoplásticos e termofixos
Saiba mais sobre cada tipo de plástico nos links a seguir:
EVA
EVOH
Bibliografia: A origem do plástico. Movimento plástico transforma. Disponível em: <http://www.plasticotransforma.com.br/de-onde-vem-o-plastico>. Acesso em: 27/09/2020